Metzi

É bom, comida gostosa mas não é espetacular. E pelo preço pago (que é parecido com de outros restaurantes caros como o Maní) esperava um pouco mais.

O guacamole e o tres leches estavam excelentes e preços justos.

A empanada de língua estava boa mas R$60 pareceu um pouco caro. O mesmo da tlayuda. Boa, combinação de sabores interessantes mas preço salgado.

A lula tinha um molho de tomate maravilhoso porém a lula em si pareceu que passou do ponto, um pouco borrachuda.

Talvez a experiência tivesse sido diferente se o serviço tivesse sido melhor. Sentamos no salão do fundo, cujo ambiente em si já não é muito convidador. Junta isso ao garçom que talvez não estivesse num bom dia. O ar estava no talo e quando perguntamos se seria possível mudar de mesa por causa do frio, tomamos um olhar torto e um “todas as mesas estão reservadas”. Mas devo dizer que ele foi de fato pegar o controle do ar e baixou a temperatura. Só o jeito que tudo foi feito não condiz com um restaurante cujo menu degustação custa 385 reais.

Acho que faltou menu explicar melhor o que é cada prato pra envolver o cliente. Sem a história e processo por trás, a empanada só parece uma empanada muito cara. Talvez tenha algo no preparo da língua que justifique o preço. Mas isso não chega no cliente, seja pelo menu ou pelos atendentes, não muito dispostos a explicar os pratos e preparos com nomes mexicanos e que não são conhecidos por todos.

Detalhe pequeno mas importante: o prato estaba lascado na ponta. Pode parece pouco, mas pelo preço pago, você espera um serviço excelente e um prato que não estivesse quebrado.

Ainda acredito que valha ir para conhecer. A proposta culinária é interessante e não tem nada como esse restaurante em São Paulo. Só esteja preparado para sair com a carteira um pouco vazia e a barriga não tão cheia.

São Paulo tem várias formas de tele transportar a gente para outras épocas ou lugares.

A gastronomia é um desses veículos eficientes de ensinar cultura. Em cima de pratinhos e dentro de copinhos nos carregam em um fechar de olhos e algumas mastigadas.

O Metzi estava na minha lista faz algum tempo. Mexicano e brasileiro. Nos colocou na cestinha de tortilhas perfeitas de milho e cheias de textura e sabor, levou para esse lugar latino que tanto nos faz falta, outras Américas.

O Guacamole todo verde, cremoso, aquela gordura que só um bom abacate consegue entregar. A inteligência no corte perfeito e quantidade de pimenta, coentro, tempero.

Na mistura sem fronteiras, comemos bem e passamos por conversas interessantes sobre as carnes, como nos conectam sabores específicos nessas questões sobre o produto nativo, ancestralidades e toda essa viagem que fazemos para entender a vida.

Tomamos apenas a água com maracujá, gostosa e simples, sem álcool.

Precisa reservar.

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